“Hoje, se me perguntassem sobre a injustiça apenas diria que seu gosto é amargo, sua extensão não tem limites e seus estragos jamais serão medidos, que a decepção gerada deixa cicatrizes eternas e que um dos combustíveis que a impulsionam é a ganância...
Em virtude dela muitos oprimidos perecem. Em razão dela muitos se calam e até mesmo porque correm o risco de ficar sem o mínimo da miséria oferecida.
Mas, se me perguntarem sobre a minha fé diria que ela também se abala diante das tempestades da vida... Apenas se abala, mas também se reconstitui, se reconstrói e se fortalece.
Se perguntarem o que eu espero diria que aguardo ansioso a justiça, não como mera forma de vingança mas como mudança de atitude, de pensamento, de vida que gerem novas possibilidades de continuar a caminhar com a dignidade merecida.”
Ailton Domingues de Oliveira
12/09/11