Dias atrás,
num dos ensaios de música com um grupo de adolescentes, adentra a igreja um
homem em seu traje de trabalho. Cambaleante, um pouco sujo e com escoriações, fruto
de quem aparentemente levara um tombo, e, notoriamente bêbado.
Em seus vários passos dentro da igreja, em seus diversos movimentos desordenados à se mostrar em oração íntima com Deus, num determinado momento pôs se a cantar e de certa forma a interferir naquele ensaio.
Não restando outra alternativa dirigi-me até este senhor e ofereci que se assentasse num dos bancos e ouvisse as músicas e prestasse atenção no sentido de cada uma. Ele se aquietou por alguns minutos e logo em seguida foi próximo à nós. Em meio a lágrimas ele disse que gostaria muito de saber ler para assim ler e entender a Bílbia, a Palavra de Deus.
Passaram-se dias e a imagem daquele homem perturbado por alguma situação alheia à sua vontade que, refugiou-se naquele momento na bebida, dizendo a quem quisesse e pudesse ouvir que gostaria muito de saber ler, ainda não saiu da minha mente.
Quantos desses existem por aí? Quantas pessoas que gostariam de viajar no mundo das leituras, aventurar-se na arte de ler e entender, que sobrevivem às escondidas e a maioria morrem sem ao menos saber escrever seu próprio nome?
Por hora bateu aquela ânsia de acolhê-lo ao ponto de segurar sua mão e ensiná-lo a correr o lápis por sobre o papel e assim ensiná-lo algo novo...
Falta-nos, na maioria das vezes, não a caridade mas o ímpeto de assumir o risco e a situação. Falta-nos a coragem de lançar-nos rumo à real necessidade do tempo.
Em conversas várias com diversas pessoas sentimos a obrigação natural de fazer algo a todos e todas que habitam sob o mesmo problema, o de não saber ler e escrever.
É uma idéia, um projeto, uma vontade diante de uma necessidade real. Caridade?! Talvez! Amor pela causa, paixão pela luta! Sonho de um mundo em igualdade! Fé em Deus que nós vamos conseguir!
Ailton Domingues de Oliveira
22/06/12
Em seus vários passos dentro da igreja, em seus diversos movimentos desordenados à se mostrar em oração íntima com Deus, num determinado momento pôs se a cantar e de certa forma a interferir naquele ensaio.
Não restando outra alternativa dirigi-me até este senhor e ofereci que se assentasse num dos bancos e ouvisse as músicas e prestasse atenção no sentido de cada uma. Ele se aquietou por alguns minutos e logo em seguida foi próximo à nós. Em meio a lágrimas ele disse que gostaria muito de saber ler para assim ler e entender a Bílbia, a Palavra de Deus.
Passaram-se dias e a imagem daquele homem perturbado por alguma situação alheia à sua vontade que, refugiou-se naquele momento na bebida, dizendo a quem quisesse e pudesse ouvir que gostaria muito de saber ler, ainda não saiu da minha mente.
Quantos desses existem por aí? Quantas pessoas que gostariam de viajar no mundo das leituras, aventurar-se na arte de ler e entender, que sobrevivem às escondidas e a maioria morrem sem ao menos saber escrever seu próprio nome?
Por hora bateu aquela ânsia de acolhê-lo ao ponto de segurar sua mão e ensiná-lo a correr o lápis por sobre o papel e assim ensiná-lo algo novo...
Falta-nos, na maioria das vezes, não a caridade mas o ímpeto de assumir o risco e a situação. Falta-nos a coragem de lançar-nos rumo à real necessidade do tempo.
Em conversas várias com diversas pessoas sentimos a obrigação natural de fazer algo a todos e todas que habitam sob o mesmo problema, o de não saber ler e escrever.
É uma idéia, um projeto, uma vontade diante de uma necessidade real. Caridade?! Talvez! Amor pela causa, paixão pela luta! Sonho de um mundo em igualdade! Fé em Deus que nós vamos conseguir!
Ailton Domingues de Oliveira
22/06/12