A igreja precede um momento de muita expectativa na história e na vida de muitos cristãos católicos no Brasil e mundo afora. Escuta-se até o som dos ventos divinos soprados de fora para dentro dos pilares do templo. O ar se renova!.. Assim seja! E que Ele não seja impedido de soprar onde quer!
Entre sua renúncia anunciada até às mais aguçadas especulações
acerca deste episódio, Bento XVI segue seu caminho como um líder conservador
que não agradou nem mesmo aos que estavam mais próximos. Prova disso são a
traição de seu mordomo ao revelar documentos ultra-secretos do vaticano e o
poder paralelo que concorre com o atual ainda papa, poder este criado por
ex-apoiadores de seu legado.
O poder, como já disse em outros artigos, é algo que embaça e por
vezes cega a visão dos gananciosos que não medem esforços para ter um caminho
seguro ao seu bel prazer. Ele também é fonte de escândalo, de desavenças, de
traições, de "apagões" e de muita sujeira acobertada, fonte esta que
causa tropeços e reboliços na instituição. Imaginem que a briga por espaço,
pelo status, pelo título de quem realmente comanda e manda já acontece de
maneira acirrada nas bases mais distantes da nobre corte, quiçá na cúpula
envolta do pontífice! Briga de cachorro grande por um osso maior ainda!
Impossível não lembrar um comentário grotesco de um doutor em
matemática, acerca de bispos desse nosso Brasil. Tal comentário não vale dar
mais crédito mas a retórica é inevitável: "Será
que o dr Felipe Aquino analogicamente classificaria esse episódio da igreja e
da história, a renúncia de Bento XVI, como uma obra do Espírito Santo que está
tirando de cena até ao papa, embora ainda vivo?"
Bento XVI sai de cena, segundo especialistas no assunto, como
teólogo que discorreu profundamente sobre Jesus, principalmente na sua
infância. Falava do Nazareno com uma intimidade ímpar. Tudo isso poderemos
encontrar nos livros que ficaram para a posteridade.
Fato ímpar também, é a sua coragem em renunciar ao mais alto
escalão e poder da Igreja Católica em meio a tantas variáveis e quedas sofridas
pela instituição nos últimos tempos. Homem e honroso!
Que o próximo líder, continuador do legado de Pedro, abra as
janelas da alma e do coração e que em forma de brisa suave ou de vento
incessante o Espírito Santo adentre em cada canto, renovando os ares, e dando o
discernimento necessário para a condução de seu rebanho com muita unidade em
meio a tantas diversidades. Sem distinção e com senso-crítico, que o próximo
Homem escolhido abrace a causa maior da humanidade, a causa que o Nazareno
optou por defender, por profetizar, para revolucionar e principalmente para
libertar.
Que o sopro do Espírito Santo retire toda poeira encrostada e mais uma vez, renove o coração de cada cristão!
Que o sopro do Espírito Santo retire toda poeira encrostada e mais uma vez, renove o coração de cada cristão!