quarta-feira, 2 de outubro de 2013

500


Quinhentinho
Quinhentos
Quinhentão
Quinhentona, sua linda! És tu? E agora?
500, não mais do descobrimento pelos portugas
apenas um marco nesse espaço
apenas 500 escritos, entre poemas, 
críticas, crônicas, músicas, sátiras, 
aventuras, brigas, elogios, denúncias, avaliações,
insinuações, alegrias, tristezas, indiretas,
concretas, abstratas, diretas, exatas, lógicas, diretas,
ao lenço, ao vento, ao tempo,
aos olhos, à alma, aos espírito, a Deus,
aos hipócritas, aos cretinos, aos velhacos, 
aos palhaços, artistas ou corruptos, 
aos colegas, aos amigos, aos adversários, 
aos anônimos e invisíveis inimigos, principalmente,
Enfim, foram tantas emoções!
De Agostinho, de Platão, de Boff, de Casaldáliga,
De Câmara, de Francisco de Assis, de um Papa Francisco,
De Drumonnd, de Coralina, de Rubem Alves, de Chaplin, 
Poesias eternamente vivas,
E principalmente, de um certo Jesus, Libertador e Crucificado,
Contestador e Homem honrado,
que seus passos me tem alumiado!
Inspirações das mais diversas, contidas, avessas, travessas
fundamentadas em tudo, em nada, em flores, em cores, em prosas,
em lágrimas, em saudade, em sentimentos, em momentos, 
no tempo!
Aqui, onde o nada se torna tudo e o tudo se torna nada
aos olhos do poeta, sorrateiro, maroto, traquino,
sangue de guerreiro e coração de menino,
olhar que vem das alturas, 
canções das fontes puras,
de palavras do profeta
que se canta em pensamento
que se vive a cada momento
como que se fosse o derradeiro
explosão de vontade certa
vontade da verdade que liberta
Olhares, andares, altares,
contra os lobos em pele de cordeiro
contra os algozes ferozes e feiticeiros
que habitam no interior de cada ser
hipócrita, idiota, malfeitor
não economizo nos verbetes
não me intimido com suas sinas
sua história, sua memória, são ruínas...
Ao que liberta, na alma do poeta, 
do profeta, do trovador, do professor,
do artista enrustido...
o caminho é longo, 
longo enquanto se viver, 
se viver é um bem,
que a estrada seja caminhada
vivida, sofrida se preciso for,
mas no topo, encontraremos
no mínimo o amor, a gratidão,
o reconhecimento, que seja próprio, 
de que valeu cada gota de suor
de lágrima, de sangue...