"O vazio que
angustia
é o mesmo deserto da reflexão
Vale do silêncio que
propicia
o reencontro com a Luz
Nem tão pedras, nem
tão flores
Nem só dissabores,
nem só amores
Caminho sinuoso de
paisagens,
passagens e travessias
O que as palavras não
explicam
O tempo há de provar
Vale a pena esperar
Em cada estação o seu
tempo chegar"
"No tempo que se
vai
De onde se vem
Que não volta atrás
Em flash's pelo
retrovisor
Se vê o foco
desalinhar,
distanciar, desaparecer
A distância que
permeia este tempo
Afasta dolorosamente
a visão
E o silêncio
inquietante do deserto
Impõe seu grito ao
coração
A busca sagrada do
sentido
Da vida vivida,
partilhada, engraçada
Sofrida, enganada,
surrada
De bons frutos
colhidos no caminho
De paisagens,
miragens, espinhos
O que faz meu
respirar feliz
É sentir que jamais
estarei sozinho
Presença Divina que
ilumina
sempre presente nos
momentos
desse tempo
de água, de sol, de
flores
e frutos..."