Não
é mais o tempo futuro
Nem
tampouco o passado
Esperança
descrita num talvez
Sonhos
de outrora deixados
A
espera tornou os dias duros
E
a ausência nunca se desfez
Sem
promessas para o amanhã
Sem
discursos no fim do ciclo
Sem
lamentos sobre o inatingido
Hei
de continuar no meu divã
À
luz de um silêncio irrestrito
E
subentenderei o que não foi dito
Desejos
de um tempo de paz
De
um olheiro de pensamento orante
Em
busca da resposta dos dias
Eterno
amor que não se desfaz
Na
alma e na oração pensante
Que
de tão vivo virou poesia
Nada
muda, tudo muda
O
invisível, assim continua
Em
laços que no tempo se dissolvem
A
esperança é uma velha surda
A
espera é uma dádiva da lua
Mas,
não é o tempo, é o homem...