O verde-amarelo que lotou as ruas num refinado alvoroço de luxo, ao som de batuques em inox ou alumínio de primeira linha, de repente empalideceu-se e sumiu. O silêncio que se ouve é estrondosamente ensurdecedor. Os gritos de guerra, que partiam de peitos estufados, e siliconizados também, que ora clamavam palavras de ordem, justiça e progresso, ora pediam o fim da corrupção, esta que ficou como sinônimo de vermelho, calaram-se em seus palácios e palacetes. O saldo que pairou nos ares dessa pátria foi o odor empodrecido das máscaras caídas nas ruas. Não deram conta de usá-las novamente, nem para assumir a incoerência de seus atos, tampouco continuar na hipocrisia assolada. Foi-se o tempo das panelas, e dos brados retumbantes...
O sertão é o sozinho, é dentro da gente, está em todo lugar. Deus e eu no sertão.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
O tempo das panelas que se foi
O verde-amarelo que lotou as ruas num refinado alvoroço de luxo, ao som de batuques em inox ou alumínio de primeira linha, de repente empalideceu-se e sumiu. O silêncio que se ouve é estrondosamente ensurdecedor. Os gritos de guerra, que partiam de peitos estufados, e siliconizados também, que ora clamavam palavras de ordem, justiça e progresso, ora pediam o fim da corrupção, esta que ficou como sinônimo de vermelho, calaram-se em seus palácios e palacetes. O saldo que pairou nos ares dessa pátria foi o odor empodrecido das máscaras caídas nas ruas. Não deram conta de usá-las novamente, nem para assumir a incoerência de seus atos, tampouco continuar na hipocrisia assolada. Foi-se o tempo das panelas, e dos brados retumbantes...