sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Recortes do olhar: silêncio imperfeito


No silêncio imperfeito do meu quarto
Refaço minhas poesias empoeiradas
E entoo um canto improvisado
Que meus próprios ouvidos não entendem
Sem o tempo que me cobra 
Desfaço minhas tramas sem demora
Fotografias viraram gravuras em meu peito
E no sonho sou o dono do destino
Parei o tempo ao que meus olhos fitaram
E recortei os pormenores descartados por aí
Dei a eles as minhas reverências
E embriaguei-me nas nuances de cada céu