Viajante do mundo
Que
segue sem destino, sem regras, sem pressa
Que
carrega em sua bagagem apenas o que entrelaçou seu olhar
Se
abriga na solidão da noite que desperta o santo e o profano
O louco
insano que quebra padrões e protocolos
E se
desvia das falsas morais e da hipocrisia alheia
Viajante
dos mundos,
Sua
religião é o viver a vida, viver a travessia
Pois é
isso, tão somente e tão amplo, uma simples e abrangente travessia
Que há
de ser sentida, e por que não, também incompreendida
Que há
de ser contemplada, irrigada, intensa e ousada
Explorando
outras terras, outros ares, outros mares, outras almas
Viajante
da vida,
Que
percorre os pensamentos, sem poréns nem tormentos
Entre
acordes e melodias, vai encontrando suas notas em outros tons
Noutras
vozes, noutros tus, versos incompletos que se rimam de outras vidas
Nas
linhas e entrelinhas que se formam nessa estrada de sonhos
E se
materializam no amanhecer de um eterno sorriso
Viajante
do tempo,
Do
agora, de outrora, do sonho real de outras vidas
Que já
nasce partindo em eterna travessia
Rompendo
com o destino certo, ora lhe traçado
Refazendo
o caminho, o pensamento e o coração
Desbravando
mundos, sonhos e almas
Equilibrando-se
na onda incerta de cada tempo, cada olhar
Almejando
a possibilidade única do reencontrar
Rimando
lágrimas e risos, sonhos e medos, saudades e desejos
Tão
certo de que o viver é único, mas a morte é o fim para quem não se arrisca
E a
vida, a travessia de um início sem fim, para quem se eternizará pelo olhar
Pois
entre um fim e outro, sempre existirá o recomeço, o novo...
Aqui,
ou noutra história...