"Fazendo memória e celebrando a história"
Recontar uma história tão boa e positiva tal como foi vivenciada naqueles anos, intensos anos de 1997 a 2000, é algo que me enche de alegria... Trazer isso à tona, neste momento tão triste e de luto pela perda do querido amigo Carlos Henrique, foi também uma forma de reaproximar a todas e todos que de alguma forma participaram daquele período. De antemão, conto com a ajuda de vocês para momentos e detalhes que eu acabar esquecendo de mencionar. Quem sabe, num futuro próximo, esse material possa até ser catalogado para a posteridade, para os nossos filhos, netos (...).
Bom... era uma vez (...)
1997. Eu estava participando de um grupo de jovens na Comunidade de Vila Cantizani, coordenado pelo Márcio Assis e pelo Toca, já havia alguns meses, e recebi um convite da Riete, coordenadora geral da PJ na Cantizani, para iniciar um grupo de adolescentes junto com a Érika de vice. Tal convite vinha como um "chamado" bem como uma chance de fazer algo diferente em termos de grupo.
De início eu fugi da responsabilidade. Não queria nenhum compromisso. Mas a forma que fui abordado pela Riete ficou martelando em minha cabeça. Ali, no pensamento, já estava lançada a semente de um Novo Grupo, um Novo Amanhã, um Novo Horizonte.
Passaram-se uma ou duas semanas e enfim aceitei o convite. Eu já tinha noção que queria ser alguém próximo dos adolescentes, queria ser amigo, estar presente, me dedicar, criar possibilidades para que cada um pudesse se desenvolver dentro do seu próprio potencial. E olha que ambos os grupos eram recheados de talentos. Na minha cabeça eu queria contribuir para que cada um pudesse desenvolver o seu senso-crítico e ter voz ativa dali por diante. Reconheço que em muitas vezes tive cuidado e zelo em excesso. Mas também posso justificar que foi uma experiência nova, única e com muita dedicação.
Fomos atrás de alguns nomes que haviam terminado a crisma. Entregamos convites para cada pessoa, em mãos, com data e hora para a primeira reunião. No primeiro encontro foram nove pessoas, contando comigo e com a Erika. Todo mundo tímido, pouca empolgação. E como diziam alguns adolescentes da época: "perdido igual azeitona em boca de banguela". Na segunda reunião foram apenas duas pessoas. Aí deu aquele gelo. Medo de ter fracassado sem mesmo ter começado direito. Pensei em desistir mas tinha algo que dizia para "acreditar" e então fomos novamente atrás de todas as pessoas. Para nossa surpresa, na terceira reunião havia mais de 10 participantes. E assim o grupo foi crescendo em número mas principalmente em personalidade, amizade, talento, alegria e participação.
Detalhar esse início da caminhada creio que é fundamental para esse resgate histórico. Entendam que não foi meramente um acaso ou uma coincidência, mas uma história sonhada, planejada e dedicada para uma caminhada diferente. Lógico que nem tudo saiu como o esperado. Houve, no decorrer, desentendimentos e decepções porque todos eram inexperientes, inclusive e principalmente os coordenadores, mas mesmo assim acredito que o resultado foi verdadeiramente positivo.
Por enquanto é isso. Aguardem os próximos capítulos dessa história a qual vocês foram protagonistas!
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