E o que restará de nós?
Presos por fora de nós mesmos
Preocupados com o aquilo que conquistamos
Seguimos pautando nosso tempo
Em controversas decisões alheias
Aguçando o ego frio da falta de essência
E o que restará de nós?
Mazelas de raças insensíveis
Guardiões da história, da (falta) memória e do mal
Autor e vítima de seus atos e desgraças
Com juízos aguçados na pseudo-moral
Com interesses terceiros e obscuros
A perder-se nas sombras das aparências
O mundo perdeu o juízo
O ser humano perdeu a alma
E a vida deixou de ser plena
E então o amor virou ódio
A paz virou guerra
E, novamente a vida ficou sem valor
Sob as mãos de quem deveria cuidar
E o que restará de nós,
sem alma, sem amor, sem vida...?