O sertão é o sozinho, é dentro da gente, está em todo lugar. Deus e eu no sertão.
domingo, 25 de dezembro de 2022
Papo de irmãos: "despojar-se de si"
sexta-feira, 23 de dezembro de 2022
Espelhos: portal, retrato e conexão
terça-feira, 6 de dezembro de 2022
De almas e de rios, encontros
Silêncios vazios
segunda-feira, 5 de dezembro de 2022
Vôlei: acolhida, empatia e respeito
Entre lágrimas de desespero, e abraços de coragem, cá estou. Um sobrevivente de lutas invisíveis, de sofrimentos palpáveis como a de qualquer outra pessoa. Vi muita gente abdicar de sua existência por não se enquadrar em nenhum modelo ou padrão social. Porque pra você existir, ser reconhecido, precisa fazer parte de regras arcaicas as quais os hipócritas julgam ser morais e de bons costumes. Querem nos enquadrar naquilo que os donos do poder consideram como normal e são.
segunda-feira, 28 de novembro de 2022
Sonhos em auto análise: a cobra de cada dia
domingo, 6 de novembro de 2022
Marginal social ou sociedade marginal
segunda-feira, 31 de outubro de 2022
Alienação, hipocrisia, desrespeito: CHEGA!
Hoje, após compartilhar uma mensagem em diversos grupos que faço parte, falando sobre pessoas de opiniões políticas diferentes e que nem por isso sua índole e caráter são duvidosos, alguém postou em seguida, num determinado grupo, a imagem de uma "enxada" com os dizeres "Varinha mágica pra trazer cerveja e picanha".
Refleti muito sobre a minha postagem antes de responder, se havia algo provocativo da minha parte, mas não. Foi uma mensagem encaminhada e de autor desconhecido. Segue:
- "Aprendi que existem pessoas maravilhosas que votam no Bolsonaro e existem pessoas maravilhosas que votam no Lula. Há extremistas dos dois lados. A escolha por um desses candidatos não define o caráter de alguém. Ela é baseada nos conhecimentos e experiências de vida e sobretudo como cada indivíduo significou tudo isso. Isso não faz das pessoas melhores ou piores, são apenas pontos de vista e expectativas diferentes. No entanto, a forma grosseira de lidar, julgar e acusar o outro porque ele pensa diferente, supor que você é mais inteligente, vivido, esclarecido... enquanto o outro é alienado, ignorante, manipulado, isso sim diz MUITO sobre você! Cuidado com as projeções pessoais, elas tem mais a ver com a gente do que com o outro" (autor desconhecido).
Me senti não apenas no direito mas na obrigação de responder de forma clara, simples e sem perder a noção e limite do meu espaço. Minha resposta:
- "Isso é lindooooo!!! Vejo com bons olhos e orgulhoso da minha origem. Meus pais e avós são da roça, da terra. Mas, teologicamente falando, sendo o crucificado alguém que veio das mazelas da pobreza, e teve ao seu lado todo o tipo de excluídos e pobres (ladrões, prostitutas) me sinto duas vezes abençoado."
Tentei refletir sobre essa imagem a partir de várias ópticas mas, em nenhuma eu consegui ver algo que não fosse pejorativo; foi apenas no sentido de debochar. E, debochar de quem é simples e usa de trabalho braçal e pesado para sobreviver, tal como pessoas que trabalham no campo, na lavoura, na roça soa estranho demais para quem se julga "do bem", "cristão" e "patriota". Me questiono se o que se passa em certas cabeças seria que "uma pessoa da classe dos trabalhadores braçais não poderia então tomar sua cerveja e comer uma carne melhor"?
Sem muitos questionamentos, me apego em três pontos: a minha origem e ou minhas raízes; os trabalhadores braçais, em especial os que utilizam da enxada, defendendo a premissa de que todo trabalho é abençoado e digno; o olhar teológico que, numa simples passada de olho pelos diversos livros sagrados, em especial a Bíblia cristã, todos falam sobre amor ao próximo, falam em especial sobre os excluídos, as minorias rejeitadas pelo sistema, pelos doutores da lei, pelos homens do poder, pelos abastados que se encontram no topo da pirâmide.
Sem trabalhar ninguém se mantém, ninguém sobrevive. A injustiça está em todo canto, em todo campo. Trabalho escravo ainda existe em pleno século 21. Meus avós não tinham boa escolaridade mas eram sábios em seus ensinamentos, lições e exemplos. A classe trabalhadora, operária, braçal, não pode ser resumida a isso. Enxada, foice, martelo são ferramentas e símbolos de quem trabalha de forma pesada, de sol a sol, em sua maioria com um salário de fome; têm suas mãos calejadas, rachadas, cheias de bolhas de sangue; suas peles são queimadas pelo sol e muitas pessoas aparentam mais idade que de fato tem.
O dito "cidadão de bem" faz o bem para quem? O "patriota" usa seu patriotismo para defender qual tipo de valor? O "cristão" usa o "seu deus" pra acolher ou pra julgar e sentenciar? Usa sua religião pra libertar ou pra alienar? Usa sua oratória pra trazer amor e paz ou pra esbanjar ódio, intolerância, discriminação, guerra e morte?
Seguindo os valores do evangelho cristão, prefiro estar com os loucos do que com os falsos; falsos esses que na expressão de Jesus eram os hipócritas do templo e da sociedade que batiam no peito mas era verdadeiros sepulcros caiados. Prefiro estar com os excluídos, os pobres, as putas, as LGBTQIA+ do que com a cristeirada hipócrita de armas na mão. A diferença entre os lados é que os bandidos da elite se vestem bem e são protegidos pelo sistema.
terça-feira, 25 de outubro de 2022
Manoel de Barros por ele mesmo: frases e pensamentos
segunda-feira, 24 de outubro de 2022
Carta para minha irmã - Parte 1 do infinito
Não queria sair de Piraju, mas me vi obrigado
Foi necessário
Mas tenho também meus motivos pra sorrir diante da escolha
Nunca se esqueça disso
Toda a vivência e experiência adquirida nessa travessia
Minha eterna "Companheira"
sexta-feira, 14 de outubro de 2022
Um lugar chamado saudade
Hoje eu tô navegando num lugar chamado "saudade"
minha alma veleja pelas águas do pensamento
em oásis inexplorados de sentimentos
cercado de solidão
mas que em algum lugar do paraíso chamado vida
habita uma alma que me espera
habita você, que eu sei, é de verdade
Estou num lugar chamado saudade
te esperando e aqui eu vivo
entre a criança que sonhou
e o futuro que virá
no tempo desse presente
eu me entrego em tempo
mas se por uma desventura
suas mãos não mais puderem me tocar
adentrarei na próxima estação
embarcarei sem destino
e soltarei ao céu
o meu coração
rumo ao infinito
para que ele possa voar
e te encontrar
no céu dos meus sonhos
O sequestro de Deus
segunda-feira, 10 de outubro de 2022
Potência e Autonomia de si
Nasce sob holofotes de silêncio, dor e solidão
O menino do reflexo no espelho que sorria
De um novo eu que já fora inteiro,
Partiu em pedaços, tornou-se sobras
E que agora renasce entre escombros de castelos de areia
E paisagens desconhecidas e inabitadas rumo ao topo da montanha
Estações de travessias que registraram sentimentos
Ajuntando cacos, curando feridas e guardando cicatrizes
A dor do renascimento é maior que a do próprio parto
O medo da infância não supera o medo do desconhecido na experiência
Dentro dessa cela que me aprisiona em vidas
Esse novo eu é capaz de suportar traído e traidor, inocente e culpado
A luta é para permanecer vivo para alguém
Por amor, pelo amor, para o amor
Quero ser especialista de mim, desse eu de travessias
Desse eu transformado, marcado, dedicado
Que a beleza da tristeza seja sinônimo de força e sensibilidade
Coragem para as lutas
Em minhas pegadas pelas trilhas dessa jornada
Ficaram marcas vermelhas pelo caminho
Hora de amor, hora de sangue
As lágrimas do choro a só
Era o mais puro e límpido que jorrava
Os meus inimigos sempre foram meus maiores mestres
E dentre estes, estava também o meu eu,
O que ignorava minha realidade e sentimentos
Crítica: "Dahmer"
"Dahmer"... Respirar fundo é preciso...
Uma pausa para analisar a história recontada nessa série. É macabro, surreal, triste, carregado de angústia, dor, crueldade e ao mesmo tempo, com ausência de empatia, de sentimentos, de humanidade... Se é angustiante assistir, tento imaginar como deve ter sido a sobrevivência dos familiares das vítimas. Tento imaginar como cada uma delas passou suas últimas horas nas mãos de Jeffrey Dahmer. Porém, me abstenho de comentar o que já está bem explicitado em cada um dos 10 episódios da série da Netflix.
Em termos de estudo, para o aprendizado através das ciências que investigam comportamentos como o de Dahmer, vale a pena se atentar. Não dá para olhar com olhos clínicos somente sem se comover pelo lado humano. É um mix de sentimentos que envolvem ao telespectador.
Da história em si guardo apenas o memorial de fotos das vítimas exposto no final do último episódio. 17 vidas ceifadas, carregadas de sonhos, desejos... Jovens que foram ludibriados por uma mente perturbada e ou maligna e a seguiram para um triste fim.
Atentei-me para um fato que foi contado nessa história e que, não sei se foi perceptível por outros olhares mas, o quanto algumas pessoas se sentiram envolvidas e atraídas por Dahmer após ele ter sido preso. A quantidade de cartas de pessoas que se declaravam como fãs e seguidores era enorme. A maldade também atrai adeptos, mesmo que seja uma maldade que esconde diversos transtornos.
Transfiro agora para a atual realidade em que vivemos uma acirrada "briga" política. Pretendo ser objetivo em minhas colocações. O bem inspira o bem tanto quanto o mal conquista seguidores. Levando em consideração o tipo de discurso que ouvimos dos candidatos e seus seguidores é nítido entender quem prega paz e quem prega guerra, quem distribui valores e quem escancara manifestações de ódio.
A exemplo de seus líderes, os seguidores tendem a extremizar aquilo que fica explícito nos discursos e nas ações. Até mesmo a forma de se referir ao adversário, de forma pejorativa e negativa, pode estimular de crianças a idosos. Como combater o bulling nas escolas se temos candidato que trata o outro com falta de respeito? Como combater a violência se o mesmo incita seus seguidores a "metralhar" os do adversário? Como lutar pelas minorias, pelas mulheres, se o mesmo faz piadas, desrespeita e passa um péssimo exemplo à sociedade?
Dahmer ficou conhecido como um serial killer que dopava suas vítimas, praticava alguns procedimentos considerados bárbaros e depois delas mortas praticava o canibalismo. Ainda assim, diante de tantas histórias de perversidade pelas quais suas vítimas passaram, encontrou fãs e seguidores que o idolatravam.
Hoje, diante do que vemos e ouvimos através de uma análise de conjuntura na política nacional, bem como somos vistos por entidades internacionais de renome e até por líderes de outros países, podemos comparar que o mal, em suas mais diversas formas, atrai seguidores fiéis que estão dispostos a matar em nome de sua nefasta ideologia.
Nessa era de explícita tecnologia, a desinformação é o carro chefe de quem joga sujo. A polarização chega ao ponto extremo de inventar mentiras para confundir quem não entende e ao mesmo ponto serve para escancarar o mal que habita no lado sombrio do humano mas que agora encontrou um porta-voz que dá liberdade e proteção para seus asseclas cometerem as mais diversas atrocidades.
A diferença entre Dahmer e um certo candidato brasileiro é que o serial killer matou 17 pessoas enquanto que o "tal" pratica crimes de todas as formas possíveis, seja por ação, omissão, incentivo ao ódio que resulta em ataques contra opositores, acobertamento de seus comparsas, e uma ditadura velada, sem contar as ameaças às mais diversas instituições de poder. O crápula deixou um rastro de mortos, simplesmente por necessidade particular de boicotar as vacinas...