"Denunciaste a ti mesma
Com tamanha irreverência no olhar
Que faz de tua alma brotar
A intensidade do que sentiste
Olhar que acalma, acalenta,
Olhar que me atrai, desorienta,
Olhar que na alma penetra,
Olhar que o desejo desperta
Olhar tímido e singelo
Olhar de ternura que espero
Olhar reluzente e bonito
Olhar que às vezes maldito
Olhar do fogo da paixão
Olhar caliente do verão
Teu olhar, transpassa na alma
Meu olhar que o segrega e se inflama
Nosso olhar que se cruzam nas chamas
Na saudade de quem só se ama
Na vida, na briga e na cama
Que machuca, constrói e se acalma
Meu desejo és tu ó menina
No olhar mais puro que fascina
O semblante que reluz e ilumina...
Ah.......
Teu olhar, simplesmente... olhar."
Ailton Domingues de Oliveira
(09.08.11)