“Eu te vi...
Nos meus sonhos distantes
Nas terras verdes de águas cristalinas
Surgindo por dentre as fontes
Fazendo da cortina d’água
Como que o seu véu
Eu te vi...
Caminhando ao meu lado...
Em passos simultâneos e sincronizados
Voando em meio as estrelas
Pairando por sob a lua
Nem nua nem crua
Somente a lua por seu clarão
Eu senti...
Tão quão suave seu toque
Tão quão bela sua fisionomia
Tão quão macia sua pele
Tão quão fulgurante seu semblante
Tão quão única
Eu te senti...
Irradiando teu sorriso
Exalando teu perfume
Transformando o meu sentido
Impactando meu pensamento
Descompassando minha razão
Eu...
Você...
Você, esperança
Nem adulto nem criança
Nem razão nem emoção
Nem vida nem morte
Nem alegria nem tristeza
Na incerteza unilateral do caminhar
No vulgo bater asas e voar
Na distinta lucidez entorpecida
Simplesmente redescubro
A cor, o sabor e o valor
Da vida..."
Ailton Domingues de Oliveira
20/10/11