"Quanto ao que se chama de fim
Só quero ter no coração
A certeza de que meu corpo jamais descansou
Minha alma jamais se aquietou
Minha voz jamais se calou
Não tapei meus ouvidos
Nem tampouco fechei meus olhos
Os xingamentos ora me dirigidos
Não foram obstáculos, apenas incentivos
E convicção de que o incômodo gerado
É sinal contraditório aos olhares de quem se cala
Que o sangue pulsante e intenso
Que percorre acelerado nas entranhas do ser
Foi aditivado pelas verdades desmistificadas e inculturadas
Nas sociedades paralelas que vivemos
Aquela que assistimos
Aquela que participamos
E aquela que querem nos impor...
Quando o fim chegar, assim como sempre chega:
Etapas cumpridas, metas alcançadas, objetivos atingidos...
Algo novo há de comerçar e recomeçar...
Que a verdade libertadora
Seja exposta e partilhada, vivida e sacramentada
E jamais seja usada como forma de alienação
E detenção de poder ou status!
Que se corte na carne, se preciso for,
Que se tenha punhos cerrados e pés em marcha
Em direção ao conhecido covarde
Que se esconde por detrás de sua fala mansa...
Eis o tempo, eis a hora...
Eis-me aqui...
Em ordem de batalha!"
Ailton Domingues de Oliveira
(04/03/12)