Tudo tem um início e um fim...
Hora de subir no palco, hora de deixá-lo,
Hora de ser protagonista, hora de ser coadjuvante ou até mesmo platéia,
Hora de estrelar, hora de repousar no anonimato,
Hora de guerrear, hora de pacificar,
Hora sonhar, hora de acordar,
Hora de planejar, hora de praticar,
Hora de caminhar, hora de parar...
Para alguns a hora de sair de cena acontece no encerramento da vida terrena...
Para outros, a necessidade de sair de cena, e continuar a vida se faz real e necessária...
Sair de cena, abandonar o excesso, deixar permanecer o necessário para a sobrevivência...
Considerar como perda tudo o que impossibilita uma caminhada segura e honrosa...
Entender como fim, as atitudes e vícios que enfraquecem o ser e empobrecem a alma...
Submeter-se ao silêncio do anonimato e deitar-se conscientemente cego às façanhas do mundo...
Escolher o porto seguro, deixado como dádiva pelo supremo Deus, com nosso livre arbítrio de querer ou não...
É chegado o momento oportuno...
Talvez, ultrapassado a fronteira do tempo... o qual muitas coisas não mais se farão...
Mas, de uma vez por todas, o reencontro fiel com o que há de puro e sublime na vida...
Hora de aquietar-se e revigorar-se
Hora de morrer para si e renascer para o Céu...
Hora de sair de cena e deixar o leme da vida nas mãos chagadas do Senhor da Vida...
Hora de sair de cena e reencontrar a vida...
Ailton Domingues de Oliveira
(17/04/12)