Ao centro: Maria Rita de Jesus e Custódio Gonçalves (meus tataravô e tataravó -"In Memorian"). Em pé, ao fundo, da esquerda para a direita: Vitalina -"In Memorian" (mais conhecida como Lora), Francisca -"In Memorian" (minha bisavó, mãe da minha avó Iolanda -"In Memorian"- que é mãe da minha mãe Claudete), Sebastião -"In Memorian"- e João -"In Memorian". Ao lado de Maria Rita: Dongue -"In Memorian". Ao lado de Custódio: Francisco -"In Memorian"- e José, com a mão na perna de seu pai. No colo: Zodarte. Entre os pais: Nadir. A caminho, ainda na barriga da mãe: Hilda, a caçula da família.
Não poderia deixar de expressar em
palavras escritas, para que se registre nas linhas do tempo, o tamanho da
emoção e felicidade ao ver, rever e também conhecer tantas pessoas dessa
família ao qual faço parte.
Longe de ser um profissional da
escrita levo essas linhas puramente por emoção,
hobby, amor à causa. Escrever é como aprofundar nas raízes, no buraco onde se
faz o alicerce. É adrenalina, crítica e denúncia também.
Meu filho Felipe, de 8 anos, outro
dia queria um blog com o título "Nas areias do teu mar". Título
profundo levando em conta sua mera idade. Ele, começou também a escrever seu
livro num caderninho azul de capa dura: "Meu mundo mágico". Confesso
que me impressionei por demais ao ver o seu gosto pela arte.
Mostrei-lhe algumas fotos antigas e
fui falando o nome das pessoas que conhecia. "Nossa pai, como nossas tias
estavam lindas!", ao que respondi: "não meu filho, hoje elas estão
ainda mais lindas... Elas e eles carregam no coração e na memória o peso das
gerações, a alma viva de nossas raízes, a história contada, narrada e cantada,
em prosa e verso, por quem nos precedeu."
Pode ser que, devido às
dificuldades de tempo e distância, entre outros fatores, dificilmente veremos
todos e todas, mas quanto a isso a tecnologia nos permite ampliar essa saudade,
mesmo daqueles que não tivemos a chance de conhecer.
Tivemos, aqui também, como
presente, o saber sobre nossas origens através desses poetas e poetizas da
vida, os nossos patriarcas e matriarcas que reforçam a valia e o sentido dessa
jornada.
Independente de religião, opção
política e posição social, temos um elo que nos permite no mínimo sonhar e
acreditar que tudo valeu a pena! A vida valeu a pena de ser vivida e assim será
sucessivamente de geração em geração. Somos a verdadeira unidade na
diversidade...
Queridos e queridas, parece que
minha vida, meus dias tornaram-se mais alegres, festivos e coloridos desde que
começamos este contato virtual. É como se, de repente, em meio a ausência, o
tempo e a solidão, fomos agraciados por um toque Divino... um novo e místico
suspiro com sabor de vida nova, poesia viva, nostalgia e alegria. Não sabemos sobre
o futuro, mas já sabemos parte de nossa história.
Pra finalizar deixo a frase de um grande
poeta: "Por hora, basta-me saber
que estão aí!” E completo: “Basta-nos
saber que estamos aqui, em Grande Família!”