quinta-feira, 11 de abril de 2013

Acalenta-me a alma


Acalenta-me a alma
P
ela magia que exalas no silêncio
O fitar dos olhos que se enamoram
em raios do coração
A demora que no tempo escora
e anseia pela chegada...

Acalenta-me a alma
Pelo ensejo do desejo que se sonha
Na espera sem quimera
que no horizonte vislumbras e alcanças
Caminhar em lentidão, sem pressa, sem promessa,
irrigada de paixão

Acalenta-me a alma
O sorriso tão sublime, inusitado, desprovido
O toque do impossível
que se esbarra no invisível
Inimigos da emoção, disfarçados de razão,
vencedor é o coração

Acalenta-me a alma
No cenário, ordinário, entre nostalgia e poesia
Em partidas e chegadas, o momento,
o sofrimento, o tempo
Na espera tão sofrida,
no silêncio da dor embutida 

Acalenta-me a alma
O semblante tão vibrante da mulher transformada
Coração de menina, tão traquina,
Te perdeste nos passos
Na alma que te encontra,
agora deslizam em compassos 

Acalenta-me o brilho
Acalenta-me o fulgor
Acalenta-me o que não se vê
Acalenta-me o que se sente
Acalenta-me a alma, o despertar que te fez tão forte
Pelo norte do corpo, do coração e da alma...