Professor. É arte. É dedicação. É amor. Há quem assim nasceu. Dom total. Há quem se esforce para ser bom profissional nessa arte. As vezes dá certo. Em sua maioria não.
A experiência dessa semana me remeteu
ao passado. Começo então pelo passado para achegar-me ao presente. Antes de
aprender a ler e a escrever a gente ouvia o professor ensinar. Há também quem
teve um apoio extra em casa para o início da alfabetização mas nada comparado
aos professores. Esses são mágicos, místicos, tem poderes. Creio que a tarefa mais difícil se deu no
pré e no antigo primeiro ano. Minhas professoras foram Márcia Leão e Leni,
respectivamente.
O que se via na lousa da Escola Moreira
Porto não passavam de rabiscos. Era interessante, legal, e por vezes complicado
fazer o contorno adequado conforme cada letra desenhada no quadro. Os primeiro
garranchos eram os piores. Muito tempo depois eu me recordo com saudade daquela época, das artes e dos meus ídolos. Sim, são ídolos. E por ter tido o
privilégio de tê-los em minha vida, em vários momentos quis fazer o que eles fizeram:
ensinar com arte e amor.
Mas, hoje concluo que talvez não seria uma
boa ser professor. Não quero ser ídolo. Quero tê-los
apenas. São únicos e a eles me reverencio toda vez que penso na minha história
de educação escolar, quando os encontro e também nas possibilidades que a vida
me proporciona de conhecer outros mestres nessas doces travessias.
Gratidão eterna!