Ao
entregar o livro "Cá de dentro" a moça abriu-o e disse que precisava de
um lugar assim, como o poema "Apenas um lugar" descrevia, sem conexão com a
tecnologia.
De
certa forma ta todo mundo perdendo o contato, o calor humano.
As
relações estão superficiais, virtuais.
As
pessoas estão acostumadas com tragédias cada vez mais violentas expostas nas
redes sociais.
Nada
mais comove.
Nada
mais emociona.
Estamos
numa era de maquiagem virtual.
Todo
mundo é lindo.
As
declarações de amor explodem por aí, de lá pra cá, daqui pra lá.
Na
vida real, nada acontece.
Pessoas
distantes que se fazem próximas.
Pessoas
próximas que se distanciam.
É
a vida.
São
as pessoas.
É
a tecnologia.
É
a frieza humana.
Estamos mergulhados na era do superficial.
Pena.
O que será num futuro próximo?
Será?
(*) Foto de uma flor artificial, daquelas que ornam as lápides.