No sentido de cada sonho se faz sertão
Onde o arado segue ajeitando o chão
O vento abana, arranca mas também ara o
céu
E assenta a terra em brisa feito véu
Na ternura do amor sem vaidade
No canteiro onde se cultivava rosas
Aprendi nos causos de cada prosa
Que a essência está na simplicidade
Foi assim, arando sonhos e fazendo
rimas
Que vi brotar no chão de cada
linha
A poesia que vem daquilo que não se vê
Aonde muitos olhos não sentem o que se
lê
Foi de Rosas, foi de Oliveiras
Que o sangue em minhas veias
Irrigou o solo do meu sertão
E deu asas ao coração
Enfim, vou costurando prosas e tecendo
poesia
E de cada encontro uma semente de
alegria
De cada abraço uma flor plantada ao
chão
De cada sonho uma semente ao coração
Quem tem alma, que se atire sem
máscaras!