Trago comigo lembranças...
Minha árvore já está montada.
Ela carrega nomes e saudades, sonhos e
esperanças.
Foi construída com lembranças de
pessoas queridas e amadas.
E são os enfeites recebidos que dão um
ar especial.
Já tem um tempo que comecei a montá-la
dessa forma.
Trago comigo memórias...
Desde sempre admirava as árvores de
Natal na casa dos meus amigos.
Na casa dos meus pais nunca teve.
Porque talvez faltasse uma motivação.
No entanto eu e minha irmã sempre pensamos
diferente.
Hoje, capricharíamos nas nossas
árvores.
Juntar os filhos, a família toda,
montar e pendurar cada enfeite, cada lembrança, cada pedacinho de saudade, é
uma arte, um sentimento de pertença também.
Trago comigo sentimentos mútuos de pessoas
verdadeiras...
Amizades construídas e solidificadas no
tempo.
Irmãos e irmãs que a vida e o tempo me
deram.
Minha árvore têm histórias e, mais do
que enfeites, tem carinho e reciprocidade.
Não é grande, mas aconchegante,
abarrotada de detalhes e significados.
E somente quem é de verdade consegue
sentir e compreender.
Trago comigo saudades...
A distância hoje está mais sofrida do
que nunca.
Mas quando me deparo na beleza dos
detalhes desta data e desta árvore, consigo sentir a presença de pessoas amadas.
Consigo também, imaginar o sorriso
estampado no rosto de quem já partiu.
A data e o momento nos propiciam esse
sentimento.
O coração aperta, as lembranças
batem...
Trago comigo o tempo...
E nesse tempo eu escrevi nomes com
tinta vermelho-sangue nas linhas da vida.
Nos caminhos que percorri, as vezes
morri, mas também sobrevivi.
Em cada parada, cada estação uma
memória a ser visitada.
E nesse tempo, luas e estrelas
ressignificam a busca perfeita da sintonia do amor.
E nessa árvore, o que não falta é amor,
é significado, é saudade...