terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Apenas imagine

“Imagine a cena: um homem paralítico descido pelo telhado...
Imagine a cena: um leproso implorando por sua cura...
Imagine a cena: somente uma fala àqueles que puniriam a pecadora...
Imagine a cena: somente um olhar à mesma pecadora...
Imagine a cena: um homem espiando atento de cima da árvore...
Imagine a cena: um cobrador de impostos sendo chamado a segui-Lo...
Apenas imagine...

Imagine a cena: as lágrimas ao saber da morte de seu amigo...
Imagine a cena: a dor da traição pelo beijo...
Imagine a cena: a dor da decepção ao ser negado...
Imagine a cena: a dor ao cair no chão e seu olhar encontrar o de sua mãe...
Imagine a cena: de cima da cruz, sentir medo e solidão e clamar aos Céus...
Apenas imagine...

Incrível, como mais de dois mil anos se passaram e as mudanças que este eterno Homem causou ainda são presentes em nossos corações. Impossível falar de amor e perdão sem voltar os olhos para a Sua cruz e sentir o descompasso tirar nosso chão.
Indiscutível falar de justiça e paz, igualdade e liberdade sem pensar nos critérios por Ele usados para salvar os pobres, dar voz aos excluídos e lutar contra os corrúptos.

Quantos desses leprosos e paralíticos encontramos no dia a dia buscando por cura, por direito, por igualdade...? Quantas pecadoras ou pecadores cruzam nossos caminhos e, sem hesitar, eis que os holofotes os apontam e os dedos os condenam...?

Superação! Como perdoar a quem Te traiu? Como aceitar a quem Te negou? Como não culpar e condenar o mundo que Te condenou? Como??? Como...
Como não apaixonar-se por Ti, por Tua vida, por Tua história...? Como não imaginar cada um de seus atos de amor, seus passos de solidariedade, seus gestos de caridade, tua compaixão pelos menores, os excluídos, a escória que os doutores assim os condenam...? Tantas perguntas, tantos questionamentos, uma busca incessante no caminho intenso e eterno de sua vida...”


Ailton Domingues de Oliveira
17/01/12