"Penso por
vezes que a solidão
Faz parte da vida dos poetas
É amiga, doída, sofrida e revigorante
Em tempos, constante
Mas, também quando aliada ao tempo
Que não se esvai
Tornam-se inimigos mortais
O tempo e o espaço
Na linha que se segue
O rastro que se deixa
No ar ou na areia
Extrai da dor da solidão
O antídoto fortificante
Para a suma sobrevivência..."