Do universo em questão
Estais
a vaguear entre a multidão
Rostos
sublimes
Histórias,
relatos, retalhos
De
vidas escondidas
Vividas
e feridas
Do
universo do coração
Estais
a buscar na imensidão
Força
e arrime
Prosas,
versos, romance
Em
caminho que se trilha só
A
vencer e a desatar nó
Do
universo da razão
Estais
a lutar em convicta direção
Mulher
e menina
Algoz,
veloz, coragem
Pelo
que lhe há de melhor
Mesmo
na dor, o que vale é o amor
Do
universo que assisto
Persisto
perplexo
Teu
côncavo, teu convexo
Doce
dama
Olhar
que inflama
No
sangue e na alma
Do
guerreiro sonhador
Do
poeta trovador
No
pulsar do amor
Do
universo que admiro
Não
me canso de o fazê-lo
Mesmo
no meu vago caminhar
Vejo
tão musas a desfilar
Como
em ruas de aquarela
Vocês
transcendem a passarela
Derrubam
os brutos
Espantam
os vultos
Adoçam
os incultos
Do
universo que me vislumbro
Ah,
tanta magia
Tanta
dor e alegria
Sofrimento
e ousadia
Enxergo
o que minha alma sente
E
o que meu coração não demente
Apanha
neste peito eloqüente
Diante
de tão formosa e bela
Esplendorosa
em cela
De
uma vida sem quimeras
Do
universo que a vida me propiciou
O
maior deste é apreciar
Em
tons maiores de som e de cor
Aquelas
que abrilhantam
Fascinam,
encantam e arrebentam
Calçadas
e corações
O
mundo agracia
Tamanha
magia
Em
cores de mulher em doces poesias...