O sertão é o sozinho, é dentro da gente, está em todo lugar. Deus e eu no sertão.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Solidão & Respostas no tempo.
Hoje acordei com aquela dor... a dor de solidão. Essa é uma que faz questão de aparecer nas piores horas. Fiz minhas teorias acerca desta enfermidade e descobri que no fim ela me faz pensar e assim, em algumas vezes, consigo extrair algum proveito. Tudo isso depois de longa tormenta.
Já fiz também laudos psico-sócio-religiosos acerca das possíveis quedas de energia astral que assolam profundamente as estruturas do coração. Busquei respostas e antídotos nas mais ínfimas raízes das raízes. Sentenciei culpados que preconizaram e predestinaram a história até minha existência.
Após sentir tanto o amargo gosto da derrota com terra e sangue, após ter misturado lágrimas e suor nessa receita, resolvi dar-me como o fim, ou seja, como o derradeiro a sofrer essa enfermidade, essa peste que persegue a vida... Pedi ao bom Deus, Pai de todos e Senhor de tudo, que se encerrasse em mim, e que dali em diante não mais houvesse sofrimento pelos mesmos motivos até então existidos.
Não sei se fui atendido... Creio que sim! Pois vejo que você está caminhando por um caminho que eu não consegui chegar. Sinto falta de você... Jamais inveja ou qualquer sentimento de desdenho, de dúvida ou de mal querer passam pelo meu coração. Rezo pela sua continuidade, agora em família! Os anjos te abençoem e a todos ao seu redor. Tenho deixado esse pedido em forma de exigência para eles, já que estou distante geograficamente de você, agora de vocês. Eles sabem que sou exigente!
Penso que perdi minha cria, minha aprendiz de coisas absurdamente detalhadas, aquela que me seguia de perto mas vejo que essa mesma pequena criança já crescida e agora amadurecida, já caminha por si, já sabe escolher, já sabe até andar e o mais importante, fez sua escolha em razão de seu coração. Assumiu seus riscos e mesmo diante de algumas pedras pelo caminho, esbanja em olhares a felicidade do amor encontrado, e agora frutificado na mais doce criatura.
Voltando ao centro da questão que me assola, transformo esse desfecho solo em oração que se estende por todas as ramificações familiares e onde houver algum rompimento que torna difícil o fluxo sanguíneo, a seguir seu leito natural, que o Espírito Santo de Deus, nos dê o discernimento necessário para assim aplicar o melhor remédio que resolva, cure e cicatrize.
Fico aqui, talvez da mesma forma que inciei esse escrito, sem nada mudar ao meu redor... Posso sentir apenas que o fardo ficou leve após o desabafo. É isso, desabafo, nada mais... Amo você, amo e estou com você's, sempre!
PS.: Com você sempre, minha irmã!