Eu te vi
Numa tarde de um inverno brando
Você estava ousada
Toda de vermelho
Cabelos soltos e molhados
Caminhava lento
Não se importando com o tempo
O horário era o mesmo de sempre e sagrado
Entre um passo e outro uma pausa
Um olhar para frente
Outro para os lados
Outro para os lados
Para aquele que te conduzia
Ora que tu o arrastavas
Velhos companheiros
Teu fiel e cão escudeiro
Teu fiel e cão escudeiro
De tantas histórias vividas
Semblante sereno e desapressado
A única preocupação talvez
Fosse fazer o velho trajeto de hoje
Com a mesma pressa de ontem
E a vontade de repeti-lo amanhã
Levando e sendo levada
Uma mão na corda que segurava o amigo
Outra na bengala que lhe dá mais firmeza aos passos
Nada diferente de outros dias
Meus olhos pararam para te seguir
O meu tempo estava mais apertado que o seu
Não pude acompanhar seus poucos passos
Mas sabia que amanhã e depois
Outra vez te reencontraria na mesma esquina
Que se tornou o nosso ponto de encontro
Encruzilhada da vida
Semblante sereno e desapressado
A única preocupação talvez
Fosse fazer o velho trajeto de hoje
Com a mesma pressa de ontem
E a vontade de repeti-lo amanhã
Levando e sendo levada
Uma mão na corda que segurava o amigo
Outra na bengala que lhe dá mais firmeza aos passos
Nada diferente de outros dias
Meus olhos pararam para te seguir
O meu tempo estava mais apertado que o seu
Não pude acompanhar seus poucos passos
Mas sabia que amanhã e depois
Outra vez te reencontraria na mesma esquina
Que se tornou o nosso ponto de encontro
Encruzilhada da vida