terça-feira, 7 de julho de 2015

Escrevendo no tempo



Do amanhecer ao anoitecer
Há um caminho que se faz em travessia
No de hoje não tem nada
Não tem espera qualquer, nem graça, nem piada

Tempo de baixas luzes
Cortinas encerradas
Horizonte incerto
E céu nublado

O silencioso apelo dissipou-se no coração
A oração não se fez sob velas
Nem no calado quarto da escuridão
O continuar é obrigação mera

Seguir rumo à luz
Camuflando os sentimentos
Despistando a sombra
Escrevendo no tempo

(...)