Nos últimos anos a intolerância e o
discurso de ódio têm crescido abruptamente ultrapassando as telas das redes
sociais e partindo para as vias de fato do mundo real. Pregações de violência e
morte são pontos altos nas discussões visando como alvo aquele que não comunga
de sua ideia. As minorias que o digam quando o preconceito e a discriminação
materializam-se nas vozes de líderes políticos e religiosos. Alguns pseudo-cidadãos
despolitizados e bipolarizados entendem tais discursos como um hino que os
instiga a segregar e exterminar a qualquer custo as tais minorias.
No quesito política as discussões se
pautam sempre e somente na podridão que o outro partido carrega. Óbvio que
ninguém vai levantar provas contra si mas convenhamos, não há partido sem
corrupção e tampouco sem corrupto. Infelizmente! Por outro lado existe muita
segregação política em alguns seguimentos da justiça partidarista que têm dois
pesos e duas medidas, sempre em função de cada legenda.
Na questão religiosa, algum tempo atrás
uma adolescente (do Candomblé) levou uma pedrada na cabeça. A pedra veio de um
cristão fundamentalista. O motivo? Não se sabe mas dá para ter uma ideia a
partir dos discursos de alguns líderes religiosos. O que será que eles pregam
na diversidade de templos cristãos? Não precisa ir muito longe. O pastor Marco
Feliciano, por exemplo, também deputado, pregou certa vez que o povo da África
era um povo amaldiçoado por ser descendente de Caim e por isso sofria as
devidas consequências de miséria. Suas declarações insanas se pautavam na
bíblia.
Cristãos de carteirinha
(fundamentalistas, sejam eles católicos, evangélicos, protestantes, etc) que
esquentam os bancos dos templos e vivem sob a tutela das leis morais da
instituição são os que mais disseminam o ódio além das cercas religiosas.
Defensores de ideologias partidárias se destroem em palavras enquanto os
políticos que ganham (e não é pouco) para fazer o exercício do bem comum
manipulam as leis em benefício próprio ou de seus partidos.
Estamos num fronte de batalha, ora social, ora religiosa, ora política. No momento, cada um por si. Não se deve permitir que a inocência, nem a cegueira e muito menos a conivência parcial assolem os nossos pensamentos. Ser conivente com qualquer situação que não vise interesse real para o bem comum e a justiça é atolar-se na lama da hipocrisia...
Estamos num fronte de batalha, ora social, ora religiosa, ora política. No momento, cada um por si. Não se deve permitir que a inocência, nem a cegueira e muito menos a conivência parcial assolem os nossos pensamentos. Ser conivente com qualquer situação que não vise interesse real para o bem comum e a justiça é atolar-se na lama da hipocrisia...