O tempo é o
limite, o limite para uma vida
E viver é
algo raro no sertão desse mundão
Há
quem viva pelas regras
Há
quem viva nas trincheiras
Há quem
pensa que vive
Há quem não
queira mais esse viver
Há
quem deixou de viver sem ter morrido
O
sonho é o infinito, e talvez a possibilidade única
A
prisioneira razão que almeja sua incondicional liberdade
Há
quem não ouse nem sonhar o impossível
E
sonhar já é caminho escolhido rumo ao destino
Ser
refém do medo ou das regras impostas
É
entregar-se numa bandeja e assumir não viver
Viver é
ousar, arriscar, lutar, cair e levantar
Esperar é
padecer... e pecado é não viver!
O
interessante mesmo é lembrar-se do que viveu
E não se
amargurar pelo que poderia ter vivido.