Vagueia perdida entre os escombros da vida
Minh' alma que se recupera das lutas vividas
Na escaldante solidão dos desertos incertos
Em que no sonho irreal a dor é o concreto
O grito interrompido pela espera no tempo
As lágrimas que banham minha face ardente
Face ao veneno trazido escondido
Nas facetas da vil e ardilosa frieza
Que sem pudor usurpou sem meu consentimento
Cenas e capítulos da minha "pequena"
alegria
Jogou injúrias e calúnias ao vento
Mas jamais teve a impetuosa destreza
Para punir a quem de fato lhe causou sofrimento
E cobrar a quem lhe virou as costas no momento
Preferiu transferir a sentença
Por saber que seu próprio jeito frio de ser
Ao meu amor jamais conseguiria fazer frente
Pois a mim que fui criado no amor e na
simplicidade
Daria e dou minha vida a bem da verdade
Mas para aquela que nunca soube amar
Porque nunca fora amada
Sobrou-lhe da vida a desilusão
E mesmo que tenha lutado
Para viver uma vida ao meu lado
Não passava de mentira inventada
Para realizar seus caprichos
Às custas do amor que tenho aos meus
Mas para aquela que nunca soube amar
Porque nunca fora amada
Pois ao invés de ser protegida e cuidada
Por aqueles que deveriam
Fora simplesmente abusada e desacreditada
E um dia será desmascarada
O preço justo no tempo pagando
E em seu próprio veneno se afogando
A vida dá, a vida ensina
A vida tira, a vida é traquina
Se tem algo que o ser humano pode é poder
Mas o que ele não pode é ferir para se satisfazer
Passe o tempo que passar
Que eu tenha que morrer
Um dia a cobrança irá lhe chegar
E onde quer que eu esteja
Estarei assistindo sua derrocada com certeza
Brindando com meu próprio sangue
À luz de vela, ou de minha alma...
Tentou inventar amor mas falhou sem alegria
Amor não se cria, ou se tem ou é vazia