Foi naquele chão de vermelhão
Que tanto brinquei, engatinhei, andei
A felicidade dispensava o ter
A magia da criação num quintal de terra
E possibilidades me fizeram crescer
Frente ao amor que me viu nascer
Meu berço eterno
Tesouro sem igual
Que dispensava riquezas
Mas que ao redor da mesa
Se fartura na simplicidade
Carrego memórias de uma vida feliz
Sou parte viva dessa história
De orgulho e raiz
Minha herança?
A sabedoria aprendida
Ora com o olhar
Ora como silêncio dos meus avós
Quantas lembranças
Quanta saudade
Quanta sabedoria
Que nenhum diploma poderia me conceber
Quanto orgulho
Suas vozes ressoam pelo tempo
Reverberam em minha vida
Meu sangue carrega o seu legado
E a cada dia me espelho nas lembranças
Para melhorar
E transbordar
O que de melhor me deram
Naquele chão de vermelhão
Vermelhão de tanto amor