quarta-feira, 18 de abril de 2018

Caderno sem fim



O peso de minhas escolhas
Que recai sobre a memória
Ora ostentando como troféu
Ora pesando feito sentença
Livro de lutas que a chuva não molha
Caderno vivo de infinitas histórias 
Sonhos de sangue ligados ao céu
Vida seguindo e fazendo presença

Linhas sem fim que percorrem minhas veias
Folhas avulsas, sem pautas, de cores
Que o tempo pintou com adestrada leveza
Ou marcou fundo na pele e na alma
Gravuras de um sonho em vida que anseia
O melhor do perfume que exala das flores 
Cultivando no jardim a maior das riquezas
De uma estrada sem fim que hoje me acalma