São
tantos dessentidos que o coração repulsa
sensações,
talvez necessárias, de dor e alegria
que
percorrem tenuemente o deserto interior
margeando
as tempestuosas águas sem fim
ora
trocando de lado e de papel
ora
banhando os pés com as próprias lágrimas
o
vento gritando tons de uma melodia composta
na
estrada infinita que leva a lugar algum
mundo
indevido e de interesses obscuros
rascunho
imediato de uma profecia inacabada
meu
retrato rasgado, esquecido e empoeirado
vou
encerrando meus ciclos,
meus medos,
meus escritos
...