"Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou?"
Com o passar do vento que corta o meu tempo
E vai deixando minha pele sinalizada por essa estrada
Aguça-me, não menos que antes, a necessidade de saber
Aprender, compreender... esta minha passagem
O meu papel, aqui, neste mundo (...)
O caminho é para um fim único, eu sei
Uma volta para o eterno, eu imagino e quero acreditar
Mas, aqui e agora, é um estado também de eterno
Uma interpretação diária e sem direito a ensaios nem recortes
Caminhar solitário em terrenos ardilosos e desconhecidos
Dividindo o cenário com almas amordaçadas em sua existência
Gritos de silêncio, solidão a dois, a três, amor sem talvez
A ideia absurda de encontrar um sentido para tudo
Bem como as razões de se estar aqui,
Os motivos dessa insana existência
A origem e o destino
Se tais questões forem respondidas
Pela ciência ou pela religião
Entraremos num abismo de trevas
Ou, simplesmente, encontraremos a luz...