Quando
N'algum momento
estiver refém do meu silêncio
A vaguear nas sombras
do pensamento
E faltar-me a inspiração para escrever
Ou as palavras para
dizer
E no declínio
fortuito do astral e da dor
Ainda assim te
amarei, amor
Quando
A tristeza contida a
me visitar o deserto
E o meu olhar não estiver tão perto
E faltar-me o sorriso
na face estampado
E somente o som do
suspiro espaçado
Neste terreno
ardiloso que vai e que vem
Estarei caminhando
com você meu bem
Quando for assim
Eu por você
E você por mim
A sós, a dois
Em nós, sem depois
No olhar o recanto
No colo o descanso
Em cada horizonte a
vontade
Mais mil vidas pela
eternidade