Pelo simples fato de uma corriqueira
prosa
Tomará por base aquilo que sentiu
E te definirá para todo o sempre
Tão frustrada por não poder ir além
Por ser impelida de adentrar-te
Nos redutos mais improváveis do seu ser
Tornar-se-á uma algoz incontida
E tramará um relato sobre o que não viveu
Tornar-se-á uma algoz incontida
E tramará um relato sobre o que não viveu
Dirá que te conhece no coração
Mas se esquece que imortal é a alma
E esta não é para quem quer...
Haverá quem diga que te conhece
É fraco
É sarcástico
É mentira
Quem te conhece não se pronuncia
Quem te conhece já está contida em tu
E tu a contém nos mais loucos recantos
Nas mais improváveis e insanas estações
Em todas as estações...
Haverá quem diga que te conhece
Haverá quem não se contenha
Haverá quem te desdenha
Haverá quem não se mantenha
Sempre haverá quem não admita
Que o tempo passou
A vida seguiu
E você se reencontrou