Surrupia-me o tempo
O silêncio e até mesmo a dor
Aonde quer que vá
Em vão se me vou
Aflições de um submundo invertido
Mal conduzido
Mal sabido de si
A torturar-me pelas visões
Santidades em desvalor
Atrocidades em nome do amor
São hipócritas em profanações
Sentimento em quimeras
De uma esperança, às vezes tímida
No silêncio desta guerra fria
Andar pelas ruas sem conhecer o olhar
algoz
Um inimigo social tão íntimo
Como o cão que ladra
Divergências, caos
Momentos solos, de receio
E por quê não o próprio medo?
Esperança... é o que se tem pra hoje...
Esperança... é o que se tem pra hoje...