segunda-feira, 25 de abril de 2016

Ventos caídos


Solidão do vento
Carrega consigo pra longe
As folhas caídas no tempo
Endossando sua força no ontem
Sua luta, seu fim, seu regaço
Limpa a terra do meu chão
Refresca o suor do meu cansaço
E arranca do peito essa solidão

Solidão do vento que arrasta
Traz do horizonte pra perto 
O brilho da estrela caída que passa
E devolva meu rumo ao deserto
Na noite escura e tão fria 
Sensações que habitam meu sertão
Espero assim a tua luz que irradia
E refresque a dor da solidão

Solidão do vento que vai
Que transpõe os limites do céu
Agita a água que cai
Levanta a terra e se assenta ao léu
Que derruba a flor do jardim
E joga suas cores ao chão
Que tira a rosa do espinho em mim
E devolve a minha solidão