Solidão do
vento
Carrega
consigo pra longe
As folhas
caídas no tempo
Endossando
sua força no ontem
Sua luta,
seu fim, seu regaço
Limpa a
terra do meu chão
Refresca o
suor do meu cansaço
E arranca do
peito essa solidão
Solidão do
vento que arrasta
Traz do
horizonte pra perto
O brilho da
estrela caída que passa
E devolva
meu rumo ao deserto
Na noite
escura e tão fria
Sensações
que habitam meu sertão
Espero assim
a tua luz que irradia
E refresque
a dor da solidão
Solidão do
vento que vai
Que transpõe
os limites do céu
Agita a água
que cai
Levanta a
terra e se assenta ao léu
Que derruba
a flor do jardim
E joga suas
cores ao chão
Que tira a
rosa do espinho em mim
E
devolve a minha solidão