quinta-feira, 18 de abril de 2024

Cartas - Do caos à borboleta II

Na brisa que dissipa
Sob efeito da gravidade
Mergulho nos abismos da solidão
Percebo meu destino
Nem por isso me desatino
Da grandeza do servir
Mesmo que o depois já é partir
Para onde a correnteza do ar
Para o alto ou para baixo me arrastar
Sou livre, porque a leveza me permite
Antes de voar, 
Precisei renascer
Todo nascimento é um rompante
Antes da alegria vem a dor
A espera é sofrimento
Mas também esperança
Tudo pode ser cinzas
Mas também arco-íris
Não precisa ser um jardim
Uma flor já é um começo
Uma dádiva
Uma vida
Deixe o vento transpassar