Quando se encerram as cortinas
Que você vai entender
Que você vai entender
Se aquela cena, aquele ato
Foi concreto ou abstrato
Fingido ou vivido
Fingido ou vivido
Real e interpretado
É no apagar das luzes
Que você enxerga o que ficou
As lembranças tão vivas
A nostalgia da alegria sentida
Do amor doado em cada momento
O sussurrar do pensamento
E a companhia tão viva ou tão fria
E no encerrar das cortinas
Que a realidade se desatina
E o que era interpretado
A dor, o amor, a saudade
Tudo vira deserto
Tudo vira tempestade
E a solidão de nós que ecoa pelo tempo
É quando não se ouvem mais aplausos
Aquele vazio retumbante da plateia
Que antes era o mundo
A razão e a emoção
Em que os demônios do vazio proliferam
Quisera a vida do protagonista
Mas ganhara a eterna despedida