quinta-feira, 18 de abril de 2024

Cartas - Do caos à borboleta IV


Sempre há um porvir
E todos um dia irão partir
Não se pensa primeiro na chegada
Sem antes contemplar a escalada
O vazio está aquém ou além
Nunca no movimento
O efeito do bater das asas
Pode ecoar no infinito
Ou simplesmente enfeitar
A insignificância existencial
De quem não aprendeu viver
Crescer faz doer
Faz perder
Ou melhor, seleciona-se
Pela ordem natural da vida
O que tu chama de caos
Eu chamo de oportunidade
O vento me arrasta
Mas também me mostra
Outros rumos
Outros prumos
Por cima dos muros
Há sempre um quintal
E no quintal os sonhos nascem
Tomam forma, e um dia
São reais