quinta-feira, 18 de abril de 2024

Cartas - Do caos à borboleta VII


Entre a dor da existência
E a da sobrevivência
Ao meu próprio caos
Prefiro a que eu mesmo gerei
Pois é fruto de meus passos
Ora pisados, pra plantados
Ora empurrados em minha direção
Se há esperança, é a de vencer-me
Aquém de minhas fronteiras
Encontrar sentidos 
Algo que ainda me reencante
Que valha cada gota
De suor, lágrima ou sangue
As leis seriam descartadas
Se não fossem as injustiças
Desigualdades
Esse mundo é imundo
É alto o preço a se pagar
Questionar o improvável
Esperar no amanhã
Lutar no agora
Assumir o passado
Há que honrar o legado
Quem vem depois
Precisa de referência
Só por isso ainda me permito
Nesse mar de caos
Ele faz doer
Mas evita outro sofrer