“Por quantas vezes deixamo-nos de parar em nossa corrida diária? Vivemos acelerados e ofegantes, sem darmos conta do que deixamos passar à nossa volta.
Detalhes importantes de nossos familiares e amigos ou mesmo colegas esporádicos, aos quais poderíamos ser úteis ou aprender e edificar.
A inquietude, em vezes, é obra do nosso medo. Medo de nos deparar com as verdades e diretrizes de nossa consciência.
Somos cobrados por nós mesmos. Temos o receio de nos ouvir, ouvir a voz da verdade, a voz Divinamente manifestada em nosso coração.
Melhor assim. Conveniente talvez. Viver nos atropelos da correria, nos desculpando com o tempo que nos falta diante de tantos compromissos.
Um dia esse tempo nos fará falta. Lembraremos que tínhamos a chance de desacelerar. Um dia precisaremos nos encarar no tribunal do julgamento onde o “eu egoísta” será o réu e o “eu consciência”, o sentenciador.
O medo é superável. Sempre teremos a opção de prosseguir, parar ou retroceder. Claro que cientes de que o retrocesso não poderá recuperar elos perdidos mas nos dará subsídios para alicerçar e caminhar de maneira correta.
O silêncio é o momento do meu encontro com Deus, com as regras e leis da boa conduta. Momento de organizar, rever, planejar e compreender, a sós porém.
O silêncio nos obriga a encarar o medo nos olhos. O silêncio nos faz pensar, meditar, e reeditar alguns trechos de nossa história.
Enquanto não encaramos esse medo somos apenas platéia. Precisamos subir no palco de nossa história, tornarmo-nos protagonistas de nossa vida e assumir o nosso verdadeiro papel, enquanto ainda existe tempo...
Que o medo se transforme em força, fé e luta!
Que o silêncio seja o nosso verdadeiro encontro com Deus e os irmãos.
Que o medo do silêncio seja uma oração de agradecimento, de edificação, de encontros...”
Ailton Domingues de Oliveira
05/04/11