“...’Vaidade das vaidades, tudo é vaidade...’
O ser humano reúne-se em grupos desde os primórdios. A família é primeiro grupo social ao qual o indivíduo pertence. A escola, a igreja, o time de futebol, as associações diversas como as de moradores de bairro, os conselhos, as pastorais, os amigos de pescaria ou mesmo os do churrasquinho aos finais de semana, enfim, nós nos agrupamos por afinidade, seja por paixão, doutrina religiosa, esporte, lazer, convicções, ideologias ou filosofias de vida.
Buscamos sempre o crescimento do lado ao qual pertencemos. Fazemos questão de convencer pessoas próximas a experimentar e aderir às nossas idéias e nossa causa.
Qualquer desses grupos por mais perfeito que seja em suas regras e objetivos, por se tratar de homens e mulheres, a falha acontecerá naturalmente.
A busca pela perfeição é uma meta pessoal ou coletiva. Os objetivos que se visam são resultados harmoniosos e expansivos, onde se almejam, com atitudes coerentes e dignas arrastar de maneira exemplar, mais e mais adeptos que partilhem das mesmas idéias.
A falha do sistema pode gerar decepção. E esta pode afastar ao invés de criar motivos que o permitam acreditar e continuar.
A vontade de melhorar é grande, indistintamente grande. O sistema é perfeito em sua criação. O manuseio têm vácuos, e possibilidades de gerar decepções. Afastamos do sistema, mas pela decepção em sua gestão.
Trata-se de pessoas, homens e mulheres que mais cedo ou mais tarde, por mais próximos que sejam serão motivos de alguma decepção. Impossível adentrar num sistema ou grupo onde este atenda os interesses de todos.
Os grupos são formadores de opinião, de caráter, de doutrina, de ideologia. São fontes riquíssimas de crescimento, de debate, de idéias.
Por mais sensata que uma pessoa possa ser e por mais que se esforce em manter-se coerente, num determinado ponto, falará por si só o seu ego, a sua vaidade...
Dentro de salas, nestes grupos reunidos, é fácil e bonito falar e ouvir. Fora, do lado externo, colocar em prática é uma luta constante e diária, travada de maneira íntima e solitária. Mesmo assim, a vaidade endurecerá os corações, egos e ânimos.
Atingiremos a sabedoria gradativamente à medida que buscarmos nos desvencilhar do passado, do velho, dos erros, à medida que deixarmos de ser escravos de nossos atos impensados e buscamos ir alem das sombras de nosso corpo.
A sabedoria é uma verdade que liberta, que nos amadurece, e também nos endurece...”
Ailton Domingues de Oliveira
14/04/11