“Donde tirastes as palavras que aquele servo,
Momentos antes, externamente eu o julguei?
Como falastes as coisas eu já sabia,
Por bocas que nem ouço mais?
Como me destes os olhos que leram e refletiram
Aquelas palavras, também ditas a Pedro?
Fizeste-me inspirar a esperança
E expirar todo o medo.
Deste-me a única certeza que possuo
Para me segurar com todas as forças.
Instalastes em meu coração teu olhar
Como raízes consistentes que se fixam cada vez mais.
Deste-me a maturidade de pensar, ouvir, refletir teus desígnios,
Viver teus projetos e mudar a minha vida.
Que queres de mim, Senhor?
O que queres que eu faça?
Não me basta apenas dizer que estou aqui...
Estiveste sempre comigo, eu sei,
Por mais que não fizesse questão de Te enxergar.
Fizestes apaixonar-me por tua vida, tua história, teus sinais...
Conduz-me então pelo verdadeiro caminho que planejas para mim.
Se meu fardo é esse ou maior, então,
Dá-me a força de que preciso para carregá-lo.
Abre-me as portas que hoje tanto preciso
Sede para mim o único Senhor!
Não me deixes mais ver com os olhos da carne.
Faze-me Tu, aprendiz eterno, instrumento fiel
De Tua vontade...
Amém.”
Ailton Domingues de Oliveira
16/04/11