Embriaga a noite de meus sonhos
A esperar-te sob a sombra das estrelas
Encontrando-te nas trincheiras
enluaradas
Longe do alcance da mira dos holofotes
A caminharmos descalços pelo relento
Em ciranda de carícias desritmadas
Na linguagem eloquente que o corpo
incita
Ao som de desprovidas canções
eternizadas
A embriagada noite desteme o compassar
do tempo
Sobre a terra de uma verdejante
encosta
Na sensualidade sutil da água
escorrendo pela pedra
Numa orquestra de bichos e matos
refrescantes
Que se comprazem na melodia dos
corações
Suor e orvalho se misturam sobre os
corpos
Enquanto as bocas sucumbem ao beijo
molhado
E no ar se paira a essência exalada do
desejo incontido