Liberdade...
Tanto tempo se faz no tempo
Tanto tempo
se faz com tempo
Tanto tempo
se perde no tempo
Tanto tempo
se perde com tempo
Inimigo
seu, caro meu amigo, és tu
O teu
silêncio é supérfluo
Entrega-te
ao vazio do não agir
E do não
falar
Mas
inquietante é o seu pensar
Barulhenta
é o teu aquietar
A natureza
na montanha
Lá, creio
agora, talvez seja o seu destino
Quem sabe
lá, não se perca em desatinos
Quem sabe
no caminhar te encontres num menino
Aquele de
alma pura e sonhador
Que tem de
menos o medo e de mais o amor
Eis que a
montanha é mística
Tem
segredos que se revela a cada um
Tem
encantos que se perfazem à pureza dos seus
Tem belezas
que hipnotizam os mais brutos
Requer
porém um tantinho de esforço
Sofrido e
merecido esforço em lá se adentrar
A vitória,
caro meu inimigo teu
Não é o
topo alcançar
Talvez lá
chegar seja a meta
Mas o que
há de melhor e mais concreto
É a sua
travessia
Com todas
as estrepolias que nos geram alegrias
Sua
insanidade ainda tem alguma razão
Realmente
desconheço teu calabouço
Ou teu
esconderijo de si mesmo
Concordo
sobre seus piores algozes
Pois estão aprisionados com você
Pois estão aprisionados com você
Você os
criou e os alimentou
Jamais nos
perderemos
Mas, queira
querer bem
Contemple a vida...