O sertão é o sozinho, é dentro da gente, está em todo lugar. Deus e eu no sertão.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
O perfil das vaidades
Coélet narra poética e proverbialmente sobre as vaidades: "Vaidade das vaidades. Tudo é vaidade." Eclesiastes.
O cenário haveria de ser diferente no ambiente das comunidades, principalmente por sobre aqueles que encabeçam trabalhos. Fato: não o é!
Não precisa ir tão longe na percepção uma vez que tudo está tão nítido até aos olhares mais ingênuos e desprovidos de qualquer intenção de crítica. A vaidade não consegue ser camuflada. Ela é uma alegoria imperceptível mas essencial para a celebridade em questão.
Levemos em conta a evolução geral de tudo e de todos, o que de certa forma contribuiu para um melhor entendimento e esclarecimento sobre a vida em comunidade, sobre as escrituras e por conseguinte sobre a vaidade.
O retrato da comunidade, digamos que poderia ser na forma de um mosaico. Várias cores, formatos e tamanhos que se encaixam. Melhor ainda: uma colcha de retalhos! Assim sendo não há um único rosto, nem um único perfil. Há um padrão onde todos se entrelaçam mutuamente. Peças ou retalhos que requerem maior atenção não conseguem se encaixar neste retrato. Precisam de um holofote exclusivo.
O perfil das vaidades é o mesmo das celebridades. Sua entrada é triunfal. Jamais por sobre um burrinho. O tapete vermelho é indispensável. Faz sua política de notoriedade na cumprimentação de cada um que passa por sob seu campo de visão.
Outro detalhe importante sobre as notórias celebridades é que sempre querem dar a sua vontade como rosto definitivo para a comunidade. Na verdade não chega a ser nem uma caricatura pois sua sensível vaidade se desfaz frente ao clamor real da colcha de retalhos.
Para a celebridade, ter suas vontades contrariadas é uma afronta para o ego. É um chamado para a briga, ou para a guerra, dependendo da óptica. As peças ilustres levam em conta apenas a necessidade de realizar suas vaidades acima de qualquer coisa. Se necessário usam da hierarquia, da oposição, do motim, da fogueira, das palavras soltas, da Palavra deturpada, dentre outras cositas mais, para o seu proveito próprio. Tudo é vaidade!
"A mística e a espiritualidade de aparecer que é perigoso. Quem não sabe aparecer cai em pecado. Quem não sabe aparecer pros outros para mostrar Jesus corre um grande risco de aparecer por aparecer." Pe. Zezinho em uma pregação na Canção Nova. Público alvo: músicos e lideranças. Aí eu pergunto: "Será que serviu pros artistas de lá? E pros de cá?"