"Vai vendo, vai vendo
A água ta fervendo
Ta subindo, ta subindo
E a paciência esvairindo
Tá fazendo, tá bombando
Tá escalando, tá surfando
Tá podendo, tá esbanjando
Tá curtindo, tá sorrindo
Da vitrine que tu gosta
Pra ficar de figura exposta
Corta volta daquela poça
Do excluído cheirando roça
Por que tanta andança vossa?
Tuas palavras soam bos...
Sai do armário
Seu otário
Sai pra rua
Nua e crua
Por quem precisa vai se doar
Abre os olhos neste altar
Tua cara de alegria
É o rosto da burguesia
Sem graça, desgraça
De hipocrisia
Tu, quer um 'porsche'!
Tá mesmo de deboche?
Se enterra em Bariloche..."